
Análises Cruas a Pastéis, Papeis e Outros — O lado que ninguém conta
Aqui não há diplomacia: pastéis, papéis e outros materiais são testados até ao limite. Alguns sobrevivem, outros perdem a reputação. Tudo documentado, sem filtro.
Raw Reviews of Pastels, Papers, and More — The Side No One Tells You
Here there’s no diplomacy: pastels, papers, and other materials are tested to the limit. Some survive, others lose their reputation. All documented, no filter.
NuPastel — Os Todo-o-Terreno que Mereciam Mais Amor da Prismacolor
São os meus de eleição desde o início. Conheci-os numa das aulas que frequentei no Smithsonian, onde estavam na lista oficial de materiais. Comecei com uma caixa de 36. Mais tarde veio a de 96 — bonita de ver e, para quem está a começar ou gosta de explorar, uma verdadeira mais-valia pela variedade de tons.
Com os NuPastel desenvolvi mão e olho. Não são macios como um Sennelier, nem duros como um bastão escolar — ou melhor, alguns são duros sim, duros a sério. Mas aguentam qualquer superfície: papel liso, pastel card, até lixa. São o canivete suíço dos pastéis secos.
Pelo que pesquisei e até onde sei, a Prismacolor já não vende sticks isolados, e isso é uma pena. Para quem faz arte a sério, o mais importante é poder repor as cores que mais usa, sem ter de voltar a comprar uma caixa inteira.
Veredicto cru:
-
Pontos fortes: versatilidade, resistência, boa relação dureza/maciez, preço justo, gama ampla de cores que favorece quem começa ou gosta de experimentar.
-
Pontos fracos: alguma inconsistência na dureza entre cores; a possível descontinuação da venda à unidade pode limitar o uso profissional.
Avaliação (a minha) – NuPastel
Maciez (ver nota)
🟩🟩🟩🟩🟨 4/5
Macio equilibrado — suficientemente suave para boa aplicação e mistura, mas com firmeza para detalhes e camadas iniciais..
Durabilidade
🟩🟩🟩🟩🟩 5/5
Aguentam transporte, quedas e uso intenso sem se partirem facilmente.
Cobertura
🟩🟩🟩🟩🟨 4/5
Boa cobertura na maioria das superfícies, mesmo nas mais ásperas.
Mistura
🟩🟩🟩🟩🟨 4/5
Misturam bem, mas a textura ligeiramente mais dura exige alguma pressão extra.
Disponibilidade
🟩🟩🟨🟥🟥 2/5
Boa enquanto havia venda a unidade; hoje, pelo que pesquisei, mais difícil de repor cores específicas.
Nota: Esta avaliação reflete a minha experiência pessoal com o produto. A pontuação de “Maciez” não implica que mais macio seja melhor ou vice-versa — a dureza ou suavidade ideal depende do tipo de trabalho. Pastéis mais duros oferecem maior controlo e precisão, especialmente para detalhes, enquanto os mais macios são ideais para cobertura rápida e mistura suave.
NuPastel — The All-Terrain Pastels that Deserve More Love from Prismacolor
They’ve been my go-to since the beginning. I first came across them in a class at the Smithsonian, where they were listed as part of the official supply kit. I started with a box of 36, later upgraded to the 96 — a beautiful sight, and for anyone starting out or who enjoys exploring, a real asset thanks to the wide range of tones.
With NuPastel, I developed both hand and eye. They’re not as soft as Sennelier, nor as hard as a student-grade stick — though, to be fair, a few are really hard. But they can handle anything: smooth paper, pastel card, even sandpaper. They are the Swiss Army knife of soft pastels.
From what I’ve researched, Prismacolor no longer sells individual sticks, and that’s a real shame. For serious artists, the most important thing is being able to replace your most-used colors without having to buy a whole new set.
Raw Verdict:
Strengths: versatility, toughness, a good balance between softness and firmness, fair price, and a broad color range that benefits beginners and those who like to experiment.
Weaknesses: some inconsistency in hardness between colors; the likely discontinuation of open stock sales could limit professional use.
My NuPastel Rating
Softness (see note)
🟩🟩🟩🟩🟨 4/5
Balanced softness — smooth enough for good application and blending, yet firm enough for detail work and underlayers.
Durability
🟩🟩🟩🟩🟩 5/5
They withstand transport, drops, and heavy use without breaking easily.
Coverage
🟩🟩🟩🟩🟨 4/5
Good coverage on most surfaces, even the roughest ones.
Blending
🟩🟩🟩🟩🟨 4/5
Blend well, though their slightly firmer texture requires a bit of extra pressure.
Availability
🟩🟩🟨🟥🟥 2/5
Good while open stock was available; now, from what I’ve found, harder to replace specific colors.
Note: This review reflects my personal experience with the product. The “Softness” score does not imply that softer is better or vice versa — the ideal hardness or softness depends on the work at hand. Harder pastels provide more control and precision, especially for detail work, while softer pastels are ideal for fast coverage and smooth blending.
Maimoufin Sanded Pastel Paper — O Papel que Não Perdoa
Encontrei o Maimoufin na mesma lógica de quem vê um desafio e diz: “porque não?”. Papel sanded, grit muito agressivo e tons terrosos e escuros, vendido em blocos de 10 folhas (15.4" x 10.7"). Achei interessante a borda branca a limitar a superfície utilizável. À primeira vista, parece pronto para aguentar qualquer carga de pastel — e aguenta — mas com um preço: devora bastões macios como se fossem manteiga.
Os primeiros trabalhos que fiz, apenas para testar o pastel, talvez possam ser apresentados no “lado B”. A textura é muito grossa e o papel aparece demasiado, mesmo após várias camadas.
Para domar este papel, testei-o com uma aguada acrílica antes de começar a pastelar, criando uma base que suaviza a textura e reduz o consumo de pastel. Foi assim que nasceu a série sobre Os Lusíadas, utilizando esta técnica. E a forma como as obras foram estudadas e ensaiadas adaptou-se, penso eu, bem e beneficiou desta preparação.
Como suporte para trabalhos “tradicionais”, não me parece o mais indicado. Vejo-o, por agora, como suporte para trabalhos finais de gestos largos, camadas múltiplas e experiências cromáticas.
Veredicto cru:
-
Pontos fortes: agressividade que segura camadas infinitas, tons terrosos que evitam o “buraco branco”, boa resistência física.
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Pontos fracos: grit demasiado áspero para trabalhos delicados; consumo rápido de pastéis macios; superfície pode ser hostil para principiantes; limitações de tamanho (pelo menos, não encontrei versões grandes).
Avaliação (a minha) – Maimoufin Sanded Pastel Paper
Textura/Grit
🟩🟩🟩🟩🟩 5/5
Extremamente áspero — segura camadas quase sem limite e mantém tração mesmo após múltiplas aplicações.
Durabilidade Física
🟩🟩🟩🟩🟨 4/5
Aguenta bem pressão e re-trabalho; bordas podem lascar se mal armazenado ou manuseado.
Versatilidade de Uso
🟩🟩🟩🟥🟥 3/5
Excelente para técnica agressiva e camadas pesadas; menos indicado para trabalhos suaves, realistas ou de detalhe fino.
Compatibilidade com Pastéis
🟩🟩🟩🟥🟥 3/5
Trabalha bem com pastéis mais firmes; devora pastéis macios rapidamente.
Disponibilidade
🟩🟩🟨🟥🟥 2/5
Pouco conhecido e com distribuição limitada; disponível online, mas pouca escolha de tamanhos.
Nota: Esta avaliação reflete a minha experiência pessoal com o produto. A pontuação de “Textura/Grit” não implica que mais áspero seja sempre melhor — a escolha depende do efeito desejado. Superfícies muito agressivas favorecem camadas espessas e gestos largos, enquanto superfícies mais suaves permitem maior delicadeza e economia de material.
My Maimoufin Sanded Pastel Paper -The Paper That D Rating
I came across Maimoufin with the same mindset as someone who sees a challenge and says: “why not?”. It’s a sanded paper, with an extremely aggressive grit and earthy, dark tones, sold in pads of 10 sheets (15.4" x 10.7"). I found the white border framing the usable area an interesting touch. At first glance, it looks ready to handle any amount of pastel — and it does — but at a price: it eats up soft sticks like they were butter.
The first works I made on it, just to test the pastels, might be better shown on the “B-side”. The texture is very coarse and the paper shows through too much, even after several layers.
To tame this paper, I tried an acrylic wash before starting to pastel, creating a base that softened the texture and reduced pastel consumption. This is how my Os Lusíadas series began, using this technique. The way the pieces were studied and developed adapted well, in my opinion, and benefited from this preparation.
As a support for “traditional” work, it doesn’t seem the most suitable. For now, I see it as a surface for final works with broad gestures, multiple layers, and chromatic experiments.
Raw Verdict:
-
Strengths: aggressiveness that holds endless layers, earthy tones that avoid the “white hole”, strong physical durability.
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Weaknesses: grit far too rough for delicate work; rapid consumption of soft pastels; surface can be hostile to beginners; size limitations (at least, I haven’t found larger formats).
My Maimoufin Sanded Pastel Paper Rating
Texture/Grit
🟩🟩🟩🟩🟩 5/5
Extremely coarse — holds layers almost without limit and maintains grip even after multiple applications.
Physical Durability
🟩🟩🟩🟩🟨 4/5
Handles pressure and reworking well; edges may chip if poorly stored or handled.
Versatility
🟩🟩🟩🟥🟥 3/5
Excellent for aggressive techniques and heavy layering; less suitable for soft, realistic, or fine-detail work.
Pastel Compatibility
🟩🟩🟩🟥🟥 3/5
Works well with firmer pastels; devours soft pastels quickly.
Availability
🟩🟩🟨🟥🟥 2/5
Not widely known and with limited distribution; available online, but with few size options.
Note: This review reflects my personal experience with the product. The “Texture/Grit” score does not imply that rougher is always better — the choice depends on the desired effect. Highly aggressive surfaces favor thick layers and broad gestures, while smoother surfaces allow for greater delicacy and more economical use of material.